COLECIONADOR QUEIMA FITAS EM AÇÃO DE IRA CONTRA COMPRAS NÃO CONCRETIZADAS POR COMPRADORES
O fato ocorreu no dia 15 de agosto de 2020 no Facebook onde há um grupo de venda de fitas VHS com nome de VHS BRASIL. A situação passaria oculta se não fosse publicada naquele grupo. O único administrador do grupo, Márcio Wieczovkovski, não hesitou em queimar na hora um lote de fitas vhs após alguma exigência feita pelo suposto comprador. Havendo conflito naquele momento, o vendedor ateou fogo nas próprias fitas, colocando fim à negociação iniciada. Não foi possível detectar qual seria o motivo da desavença, nem quem seria o provável comprador.
O fato chama atenção em si, não por uma venda cancelada, mas pelo momento que estamos presenciando em todos os cantos do mundo, pessoas exigentes, compradores excêntricos, vendedores despojados que qualquer indício de paciência. Vivemos em plena pandemia viral e o mundo parece estar de cabeça em terra.
Estaríamos passando por uma fase meteórica de assuntos emblemáticos ou estamos apenas ficando loucos com essa enxurrada de questões que precisamos resolver todos os dias? Estaria o mundo do vhs sendo afetados por cérebros desinteligentes de outros mundo vhsianos, originários do planeta besteirol? Onde se trocou a parte pelo todo; o produto pela causa; a amizade por coisas? Se verdade ou mentira, não sabemos, mas que tudo está mudando dentro do colecionismo de vhs não temos dúvidas. No início de minha coleção em 2011 as dificuldades eram outras, as fitas eram baratas e ninguém era explorado. Não havia disputa de egos nem concorrência desleal. Quem colecionava esse produto nostálgico o fazia por prazer e não para impressionar. Com o decorrer do tempo novas mentes e posturas diferentes ingressaram neste meio, tornando-o um tanto quanto estranho. Colecionadores desaparecem de cena, entraram novos colecionadores, dos mais variados tipos: Uns, pessoas de alto caráter, outras nem tanto. Alguns de conduta duvidosa que entraram no meio somente para tumultuar, dando clara percepção de que não eram realmente a praia deles, era uma ação somente para escurecer aquele "campo de paixões."
Chegamos ao ponto de um colecionador perguntar ao outro umas dez vezes se o produto era "DUBLADO"....não ficando somente por ai, outra cena cômica, alguém pediu fotos das bobinas da fita...e quando olho para esse tipo de informação, levo-me a pensar: O que está acontecendo com a mente das pessoas, embora o colecionador de qualquer coisa nunca será considerado como normal.
Mas finalizando, tudo parece estar mudando, guerras por todos os lados, sem citar os "atravessadores de negócios alheios," os "carniceiros de vhs," os "umbandistas dos dubladinhos", os "loucos por capas", os "maníacos por estojos" e os "malucos por mofo", dos quais posso, perfeitamente me enquadrar em um ou outro momento com os acima citados. Todavia, queimar fitas vhs é o resultado do acumulado do mês, ou do ano pandêmico. Não condeno nem absolvo o vendedor nem o suposto comprador, mas é um fato que devemos refletir como estão os nossos relacionamentos. Será que coisas ainda são mais importantes que pessoas? Se a resposta for positiva, tenho um psicólogo para indicar, só com uma ressalva, ele coleciona fitas vhs...
(A redação)
Na época em que comecei a coleção, existia um bolsão de colecionadores que mutuamente se ajudavam e zelavam pelo apreço um do outro. Amizades foram construídas, conhecimentos foram passados e obras perdidas voltaram à exposição graças ao grau de amizade entre esses colecionadores. O formato (VHS) era apenas uma "plataforma" limitante desta época pois o que realmente nos importava eram as obras nelas contidas - os filmes e suas magnitudes.
ResponderExcluirSem querer cuspir no prato que comemos, saudamos o formato com tom nostálgico mas não podemos fazer dele seu motivo-fim para tanto chilique besta. Até porque, não há razão no "colecionar por colecionar" se as obras não forem apreciadas e degustadas com sabedoria, com interesse mútuo e um olhar reflexivo de suas importâncias na história do cinema. Os dias atuais trouxeram à tona a mesquinharia e a desavença (o famoso "cada um por si e deus contra todo mundo"), o excesso de capricho e a superinflação, a inveja e a dor de cotovelo, o cinismo e o excedente de futilidade. Em suma: o pior do pior do ser humano. A supervalorização da "moeda de troca" empurrou todas as chances de manutenção das coleções para um abismo sem fim onde o orgulho e o individualismo tomaram conta desenfreadamente do que um dia foi uma batalha coletiva na descoberta por filmes perdidos no tempo em prol de um bem maior: a amizade entre aqueles com uma paixão em comum - gravar, trocar, indicar, conhecer, possuir, conversar, escrever e ler sobre CINEMA.
(Um dos colecionadores)
Infelizmente, meu amigo, tudo culmina para esse fim. A extinção do bom colecionismo. Prova disso foi o anonimato praticado por muitos e outros que estão seguindo na mesma direção. O assunto se dormirá no solitário oculto da alma do colecionador. Cabe aqui uma grande reflexão, estaríamos todos preparados para o enfrentamento deste homem animalesco e sem amor próprio? Temos visto atitudes infantis, onde muitos se escondem em suas fakeisses da vida para justificar suas condutas, fato comprovado recentemente num grupo do facebook, e, pasme, o mais ativo no grupo com sugestões e opiniões era uma conta falsa, sem origem, sem amigos, sem fotos, sem alma, sem nada. Resultado, aproveitou-se para fazer grandes negócios, amizades, mas ao final, muitas inimizades. o tal fake, desapareceu em meia à Paulicéia Desvairada, mas ao sair, deixara sua marca de ódio e promessa de vingança, de extermínio, e com certeza, ainda destilando ódio pelos quatro cantos da capital do covid-19 como na célebre frase marcante no desenho globalista de HE-MAN, com certeza, dirá: EU VOLTAREI HE-MAN. Mesmo diante do quadro esquelético de colecionadores, o tal, amande do dublado, certamente ainda estará por ai, fazendo suas esqueletices. De fato, colecionar está, cada vez mais, perdendo o sentido. Em tempos pandêmicos, teria até sentido dizer para ficar em casa, todavia, mentes fragilmente educadas, nascidas nos tempos de todinho e coca-cola, devidamente afeiçoados com míseros seiscentão por mês, não nos trazem muitas esperanças. A resistência agora, está voltada à arrogância, à prepotência, ao medo. Dias difíceis para o bom e belo formato vhs, onde, escondem-se grandes pérolas do cinema mundial.
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ResponderExcluirMourão, fiz um react a esse post lá no 7NEC:
ResponderExcluirhttps://7noites7.blogspot.com/2020/08/react-time-mourao-blog-vhs-mania-e.html
Beleza Marcio. Cara, ficou bacana sua resenha crítica sobre os fatos que envolveram o Exterminador de vhs.
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